sábado, 7 de fevereiro de 2015

Meus Trabalhos Pedagógicos ®: Etiquetas para cadernos - vários modelos de menino...

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quinta-feira, 9 de maio de 2013


Nascimento de Buda


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A tradição budista nos conta que, voltando à casa dos pais para o nascimento de seu filho, a mãe de Buda parou para descansar no Jardim de Lumbini (no Nepal de hoje), um parque cheio de flores lindas a desabrochar e correntes de águas cristalinas, numa floresta tranquila e bonita. Quando estendeu a mão para colher um ramo florido de uma árvore “ashoka”, nasceu o Sidharta Gautama, o futuro Buda.
Logo em seguida o bebê teria dado sete passos em cada uma das quatro direções cardinais. Flores brotaram do chão no local de cada passo, e um doce néctar caiu do céu banhando-o. Com a mão direita apontando o céu e a mão esquerda apontando para a terra ( o “mudra” de conceder coragem e caridade), ele teria dito : “O céu, a terra e eu somos todos uma só pessoa.” Que simbolismo maravilhoso!
Por volta do ano 600, os japoneses uniram às festividades budistas já existentes – o Banho do Buda-nenê (Kambutsu-e, que lembra o doce néctar que teria caído do céu) e a cerimônia do Nascimento do Buda (Gotan-e) – com mais uma festividade – o popular Festival das Flores (Hanamatsuri). Esta tradição da união destas três festividades é mantida até hoje no Japão e compartilhada em vários países do mundo onde existem colônias de imigrantes japonesas ou grupos religiosas de tradições japonesas.
Em São Paulo, por exemplo, todos os anos desde 1966 durante uma semana de abril, é montada uma “casinha” coberta de flores com uma imagem do Buda-nenê. Isto acontece na Praça da Liberdade, para que as pessoas possam fazer suas preces e também banhar o Buda-nenê com um chá adocicado, simbolizando o néctar celestial. No último dia, um sábado, é feita uma procissão que percorre as ruas do bairro da Liberdade, levando o pequeno Buda carregado por um elefante branco.
Crianças, vestidas com trajes típicos, lideram a procissão, que conta com monges de várias tradições budistas japonesas, e também autoridades e o público em geral.
Esta tradição já foi adotada também nas cidades de Curitiba e Florianópolis, fazendo parte do calendário oficial local.
Em Porto Alegre, por iniciativa do Jisui Zendô – Sanga Águas da Compaixão, foi realizado o primeiro festival de Hanamatsuri nos dias 21 e 22 de abril do ano 2012 (https://sites.google.com/site/hanamatsuripoa/ ). Esperamos que o festival possa tornar-se um evento bienal oficial.
Este ano, foi realizada como uma celebração “interna” no Jisui Zendô com as cerimônias de Celebração do Nascimento de Buda e a do Banho do Buda-nenê (Gotan-e e Kambutsu-e).
As escolas budistas de outros países unificaram estes três eventos (nascimento, Iluminação e morte) numa única celebração chamada Vesak, cuja data, baseada no calendário lunar, geralmente acontece em abril ou maio.
No Brasil, a Lei Federal No. 12.623 de 9 de maio de 2012 determinou o segundo domingo de maio como o Dia do Aniversário do Buda Shakyamuni , com possibilidade do uso de espaço público para comemorações em todo território nacional.
Foto: altar no Jisui Zendô
Texto adaptado de um material publicado no site do Jisui Zendô - Sanga Águas da Compaixão
Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/blogdasreligioes/o-ensino-religioso

O Ensino Religioso

Recebi um artigo que deve ser publicado pelo interesse, profundidade e atualidade. É de autoria de uma pedagoga, que foi presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul por duas vezes, sendo atualmente representante da Federação Espírita do Rio Grande do Sul perante o CONER.
                                 O ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso, de acordo com o artigo 210 do Constituição Federal de 1988, é uma disciplina de horário normal nas escolas públicas do ensino fundamental, respaldado pelo artigo 209 da Constituição Estadual de 1989 que estende a obrigatoriedade também para o ensino médio.                 
O ensino religioso deve compor o currículo da escola como uma “parte integrante da formação básica do cidadão”, com a característica de interreligiosidade, com o objetivo de apresentar o transcendente nas diferentes culturas e tradições religiosas, considerando a diversidade de crenças existentes no Brasil, sem qualquer forma de proselitismo, de acordo com o artigo 33 da LDBEN 9394/96 para que o aluno possa refletir sobre sua dimensão espiritual.
O sistema de ensino oficial necessita reconhecer que o  aluno é um ser que interage em suas várias dimensões: biológica, psicológica sóciocultural, histórica e espiritual.
A área de conhecimento trabalhada pelo ensino religioso deve voltar-se para o desenvolvimento e a educação da inteligência espiritual e da inteligência emocional do aluno.
         As pesquisas na área da neurociência comprovam, na atualidade, que a pessoa não possui somente a inteligência intelectual, que precisa ser desenvolvida pela instrução, pelo adestramento, ela possui aptidões para  a inteligência emocional (QE) e inteligência espiritual, entre outras.
A inteligência emocional deve ser educada  desde a mais tenra idade, através da linguagem simbólica da literatura infanto-juvenil e demais expressões das artes e dos exemplos práticos das atitudes dos adultos, para que sejam trabalhadas e educadas as emoções básicas, como o medo, a raiva, a tristeza, a alegria e o afeto. O recurso didático de uma boa história, das fábulas, dos contos que estimulam a emoção, a imaginação e a criatividade da mente infanto-juvenil.
         Quanto à inteligência espiritual, Danah Zohar, física e filósofa norteamericana, juntamente com o psiquiatra Jan Marshall, no livro “Inteligência Espiritual” afirma que essa é a terceira inteligência que deve ser educada para que seja dinamizado o potencial divino que existe dentro de cada um, possibilitando colocar nossos atos e experiências  num contexto mais amplo  de sentido e valor.
 A pessoa  que apresenta um alto quociente espiritual (QE), porque foi educada nessa área, apresenta uma capacidade de usar sua dimensão espiritual direcionada para uma vida mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal, desenvolve valores éticos e crenças positivas que nortearão suas ações. O desenvolvimento desse potencial, através da educação moral  e ética, vai ajudar o aluno das escolas de nosso Estado a construir uma identidade moral positiva e, em conseqüência, criar para si uma vida que valha a pena ser vivida e que lhe proporcione felicidade e paz. Não será isso que está faltando em nossas escolas?
 Os cientistas que estudam os diversos compartimentos do cérebro humano afirmam que numa dessas áreas está “o ponto de Deus", que se ilumina, durante uma sessão de tomografia cerebral quando o paciente é estimulado auditivamente por assuntos transcendentais.
            Em relação ao ensino religioso, deve se levar em consideração a proposta de educação para o terceiro milênio, da UNESCO, levantada no estudo do relatório de Jacques Dellors e apresentada pelo grande educador francês Edgar Morin, aponta quatro pilares sobre os quais deve se embasar a educação das novas gerações: aprender a conhecer – abrir-se para novas conquistas na área do conhecimento, renovar-se; aprender a fazer – instruir-se tecnicamente para executar as atividades desafiadoras do mundo atual; aprender a conviver -  ou seja, viver em grupo com harmonia, aceitar o outro como ele é, respeitá-lo, viver em alteridade, ser altruísta; aprender a ser – desenvolver a sua humanidade, autoconhecer-se, amar-se. É uma proposta arrojada, sobre a qual a escola precisa refletir e planejar novos rumos,  engajando-se nesses novos tempos e oferecer aos alunos situações de ensino-aprendizagem que o ajudem a integrar-se harmonicamente consigo mesmo, com o próximo e com Deus para que eles se transformem em homens de bem, felizes e equilibrados, interagindo de forma positiva na sociedade.
            Para o nosso entendimento, esse desafio está diretamente ligado à disciplina do Ensino Religioso na escola.
            Nas atividades escolares precisa ser incluída a questão da religiosidade, Muitos problemas vivenciados hoje, nas dependências escolares, como o bullying, o baixo rendimento escolar, as reprovações, a agressividade, a violência, o desrespeito a professores, colegas e ao prédio por certo seriam atenuados se alunos estivessem sendo trabalhados na área da espiritualidade.
         No que concerne à regulamentação legal para a habilitação dos professores do Ensino Religioso, a Resolução 256 do Conselho Estadual de Educação busca estabelecer os critérios que devem nortear a contratação de professores da disciplina.
         O CONER/RS (Conselho Estadual do Ensino Religioso do RS) - previsto no artigo 33 da LDBEN, credenciado junto ao Sistema Estadual de Ensino pelo Parecer do CEED 75401 - é uma entidade civil que tem por finalidade congregar as denominações religiosas interessadas no processo de definição, regulamentação e construção de conteúdos básicos na busca de meios e condições para assegurar a tutela do direito à liberdade de consciência religiosa e ao direito do ensino religioso na formação básica do cidadão, propondo-se a colaborar nesse processo de e na formação de professores para que seja suprida a falta de educadores habilitados para tão importante componente curricular nas escolas gaúchas, proporcionando aos alunos a oportunidade de despertar a consciência de suas potencialidades positivas.

                                      Gladis Pedersen de Oliveira – Pedagoga
                                                 Conselheira do CONER/RS

NÓS SOMOS FRUTO DAS NOSSAS ESCOLHAS...