domingo, 5 de maio de 2013

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O Valor da Oração



A palavra valor, como nós conhecemos, pode ser usada em duas situações diferentes. A primeira é o valor econômico que alguma coisa pode ter: o valor de uma casa, o valor de um livro, o valor de uma passagem. O segundo uso se refere a uma valorização não mensurável, é o apreço que cada um, de forma individual, tem por alguma coisa: o valor da minha família, o valor de aprender, o valor de ir a uma JMJ...
Hoje nós vamos pensar no valor da oração. Só que no sentido econômico.
Um conceito muito básico da economia ensina é a lei da oferta e da demanda. Simples. Se algum bem tem muita procura e é pouco ofertada o preço sobe. Por exemplo, pense em quanto custa uma latinha de Coca-Cola em um supermercado e quanto custa essa mesma latinha na praia. Hoje, a oração encontra-se justamente em uma situação de alta demanda. Pensemos na desvalorização da vida, na desestruturação das famílias, nos constantes ataques à Igreja e em toda a perda de valores que nós vemos por aí... Não nos deixa dúvida: a demanda que o mundo, que as pessoas e que nós mesmos temos por oração está alta. E se repararmos bem, isso acontece ao mesmo tempo que a oferta de oração se encontra muito baixa: uma enorme sangria de fiéis, a expansão de uma mentalidade consumista, materialista, o grito insaciável das sociedades pelo laicismo... Será que a solução para esses problemas não começa justamente na nossa oração?
Um método que pode ser usado em economia para atribuir valor às coisas é fazer isso a partir do que ela gera. O petróleo, por exemplo, vale o que vale, porque a partir dele são feitos plásticos, óleos e principalmente combustíveis. E no caso da oração, o que ela gera? Santos! A oração gera homens e mulheres que buscam ser seres humanos melhores, homens e mulheres que ao longo da história fizeram o bem, fizeram uma revolução, fizeram a diferença! Homens que tem coragem de ir contra a corrente e medo de se afastar da felicidade. Esses sim podem ser chamados de homens! Homens, que assim como Beato João Paulo II, com vigor, com alegria, doou sua vida por uma causa maior. E se formos olhar de onde vem a fonte de tanta coragem, de tanta nobreza, vamos ver um homem como qualquer outro, mas que tantas horas passava diante do Sacrário rezando, muitas delas prostrado ao chão... Se formos dar à oração o valor pelo que ela gera, vamos perceber o que tantos santos perceberam antes de nós, que o maior bem que podemos ter não há dinheiro que compre...
Termino com um último valor: o valor de existência. Esse é o valor dado para um determinado bem, simplesmente pelo fato dele existir, sem esperar dele nenhum serviço. A um urso panda, por exemplo, que nunca nem vamos ver, podemos atribuir um valor que vale sua preservação. Esse é o valor nós devemos dar à oração. Conversando com Deus e me mostrando agradecida, sem esperar que as coisas estejam dando certo, sem esperar nada em troca... Qual a moeda usamos para isso? O tempo. Saber dar do nosso tempo a Deus na oração pessoal, no Terço, na Missa, mesmo na correria do meu dia a dia, mesmo no cansaço... Esse é o valor que mais agrada a Deus.

Fernanda Gonzalez

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